OPINIÃO: Mulheres que fazem uma verdadeira diferença

OPINIÃO: Mulheres que fazem uma verdadeira diferença

07 de Março de 2019

Março é comemorado em todo o mundo como o Mês da Mulher, em virtude de 8 de março ser o dia dedicado não apenas a parabenizar as mulheres por sermos como somos, mas também para se refletir o que ainda falta para alcançarmos plena condição de igualdade e autonomia.

Embora hoje já tenhamos conquistado mais espaço e direitos do que aquelas que nasceram antes de nós, ainda falta muito para dizermos que estamos em equilíbrio com os homens. Há muito trabalho a ser feito para avançarmos em termos de combate à violência doméstica, ao assédio, ao feminicídio, à desigualdade salarial e à baixa representação política.

Se me perguntassem o que é ser mulher, diria: ser mulher é superar obstáculos todos os dias. É estar preocupada com os detalhes e com o todo ao mesmo tempo. É fácil dar um exemplo: muitas de nós trabalham fora de casa e quando voltam não ligam a televisão e descansam. Acabam fazendo a janta, cobrando as tarefas escolares, preparando o almoço do dia seguinte e ainda deixando tudo limpo. No mundo ideal, essas tarefas seriam todas compartilhadas. Quando chegar esse dia, meses como o da Mulher não serão mais necessários.

Estar na política, ser engenheira civil, e ainda ser líder de um partido também é romper preconceitos. Muitos achavam (e ainda acham) que são espaços "dos homens". Mas são as mulheres que estão fazendo uma verdadeira diferença quando alcançam esses espaços. Um estudo publicado no Journal of Economic Behavior & Organization em 2018 analisou 150 países e demonstrou que quando a mulher ocupa espaços que um dia tiveram maior número de homens (como a política), o olhar de mulher causa um ajuste nas práticas e acaba por aprimorar todas as dinâmicas dessas áreas.

Neste Mês da Mulher, é nosso dever enquanto homens e mulheres olharmos ao nosso redor e vermos onde ainda reside a desigualdade, a discriminação e a violência. E dentro das nossas competências, não deixarmos a banda passar, mas fazermos a diferença dentro daquilo que podemos fazer para tornar nosso mundo melhor.

Quando assumi uma vaga na Câmara dos Deputados, fiz isso. Tive a oportunidade de me envolver com três grandes temas que acredito e defendo: a defesa da saúde, a proteção da primeira infância e a valorização dos idosos.

Dentro dessas três áreas produzi projetos de lei, participei de reuniões e audiências, destinei recursos financeiros para obras, aquisições e grandes demandas dos que me elegeram. Mas fui além. Também desenvolvi projetos que hoje mudam a vida das pessoas. Um desses projetos é o Universidade da Criança, um trabalho que hoje está em execução em mais de 30 municípios e tem o objetivo de sensibilizar gestores e lideranças para promoverem a implantação do Marco Legal da Primeira Infância, uma lei que tive o orgulho de aprovar.

Ser mulher tem disso. É não fazer apenas o seu trabalho, mas sim cuidar do todo, do começo ao fim. Por isso, neste Mês da Mulher devemos, sim, parabenizar a todas as mulheres, mas também refletirmos sobre o que estamos fazendo para tornar o mundo menos violento e mais justo para eles e para elas. 

Deputada Leandre
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