Nesta semana, na quarta-feira (25), o plenário da Câmara dos Deputados recusou autorização para que o STF (Supremo Tribunal Federal) pudesse processar, por crime comum, o presidente Michel Temer e dois ministros, Eliseu Padilha e Moreira Franco. Apesar da derrota por 251 votos a 233, a deputada Leandre Dal Ponte (PV-PR) votou pela admissibilidade da denúncia, onde a Procuradoria-Geral da República acusa o presidente de seus ministros de organização criminosa, pagamento de propina, e obstrução da Justiça.
 
Esta foi a segunda investigação contra o presidente Michel Temer rejeitada pela Câmara dos Deputados neste ano. Na primeira denúncia, a deputada também votou para que o presidente fosse investigado. A deputada Leandre votou pela punição ou investigação em todos os casos debatidos, nos últimos dois anos, na Câmara dos Deputados. De Dilma Rousseff a Eduardo Cunha e Michel Temer.
 
“Consciente de quanto custará à população brasileira barrar mais uma denuncia nesta Casa de Leis, eu voto a favor da investigação; contra o relatório”, disse a deputada na sua votação. O relatório a que ela se referiu é o texto da Comissão de Constituição e Justiça, assinado pelo deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que recomendava aos deputados recusarem a autorização para o Supremo Tribunal Federal (STF) processar, por crime comum, o presidente Michel Temer e os ministros.
 
Como líder da bancada do Partido Verde (PV), a deputada Leandre liberou os deputados. Mas não sem antes alertar os colegas: "A sobrevivência de Temer vai custar muito caro à nação".